sábado, 14 de setembro de 2013

A GEOGRAFIA DO FUTEBOL BRASILEIRO: AS CIDADES E A BOLA

CRICIÚMA ESPORTE CLUBE 0 X 2 SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA, DOMINGO, DIA 04/08/2013, ESTÁDIO HERIBERTO HULSE, CRICIÚMA, CAMPEONATO BRASILEIRO 2013, DÉCIMA PRIMEIRA RODADA.

Por Moisés Basílio

E o Timão foi até ao sul enfrentar o Tigre em seu habitat, Criciúma. Na hora do início do jogo estava despertando da sesta, depois de um lauto almoço dominical e matutando como bom mineiro sobre as coisas do mundo bola. 

A cidade de Criciúma é uma entre as milhares de cidade brasileiras, que hoje são mais de cinco mil. Mas, faz a diferença por pertencer ao seleto número de cidades que possuem times na elite do futebol nacional. 

O futebol brasileiro tem seu espaço geográfico situado na capitais dos estados mais ricos. Tirando as grandes cidades de Campinas e Santos no interior paulista, presenças sempre contatante, dá para contar nos dedos de uma palma da mão as cidades que não são capitais que galgaram a elite do futebol. Criciúma, a região do ABC paulista, Barueri e Caxias.

Tradição e poder econômico se entrelaçam para determinar a geografia do futebol brasileiro. 

A tradição tem como base o eixo São Paulo-Rio e depois as capitais dos estados de Minas, Bahia, Pernambuco, Goiais, Paraná e Rio Grande do Sul. São Paulo tem a peculiaridade de seu pujante interior onde se destacaram as cidades de Santos e Campinas. 

O poder econômico acompanha a tradição, mas ocasionalmente coloca times na elite do futebol. A região do ABC paulista, com times bancados por empresários e prefeituras municipais como as de São Caetano e S. André, bem como a de Barueri no lado oeste da grande S. Paulo. A cidade de Caxias nos tempos do patrocínio da Parmalat. E nesse ano Criciúma, forte polo econômico de S. Catarina. 

Mas, não basta só poder econômico para se montar um time de futebol numa cidade. É preciso também se criar uma cultura do futebol que é construída pela tradição. E isso não acontece da noite para o dia, tem que maturar. 

O poder político tentou influenciar na cultura do futebol nos tempos do regime da ditadura militar aproveitando-se do furor que a conquista do tri-campeonato do mundo pela Seleção Brasileira gerou no país. O campeonato nacional de 1971 foi o marco dessa tentativa. Mas, sem a tradição cultural e o poder econômico as influências políticas naufragaram no decorrer dos anos. 

É um bom filão para se pensar a cultura do futebol no Brasil, mas por hoje chega. Em campo o Corinthians jogou bem e venceu. O Renato Augusto mostro suas habilidades e fez um gol de craque. O time jogou no patrão Tite e conseguiu ampliar o marcador um um gol de pênalti do Guerreiro. 

Da parte do Criciúma, embora derrotado o time mostrou que tem habilidades para subir no campeonato e deixar a zona de rebaixamente. 

Fonte: Sítio AcervoSCCP CRICIÚMA – CORINTHIANS 0-2
CAMPEONATO BRASILEIRO 2013 – 11ª RODADA 
DATA: domingo, 04/08/2013
LOCAL: Estádio Heriberto Hülse, Criciúma, Santa Catarina – Brasil
PÚBLICO: 16.976 pagantes
RENDA BRUTA: R$ 459.285,00
RENDA LÍQUIDA: R$ 385.385,59
DESPESAS: R$ 73.899,41
ÁRBITRO: Sandro Meira Ricci.
ASSISTENTES: Rodrigo Pereira Joia e Rodrigo Figueiredo Henrique Correa.
GOLS: 10’ Renato Augusto, 25’ Paolo Guerrero (p).
CARTÃO AMARELO: Amaral, Daniel Carvalho e Elton; Danilo e Emerson.
CRICIÚMA: Helton Leite; Sueliton, Matheus Ferraz, Fábio Ferreira, Marlon; Amaral, Leandro Brasília (60’ Fabinho), Elton (36’ Daniel Carvalho), Ivo (45’ Gilson); Lins e Wellington Paulista. Técnico: Oswaldo Alvarez.
CORINTHIANS: Cássio; Edenílson, Gil, Paulo André, Fábio Santos; Ralf, Guilherme; Romarinho (64’ Emerson), Danilo (78’ Douglas), Renato Augusto; Paolo Guerrero (81’ Ibson). Técnico: Tite.

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