domingo, 26 de junho de 2011

LIEDSON MATADOR EM TARDE DE GOLEADA NO MAJESTOSO

Por Moisés Basílio

         Tarde fria de inverno, chuviscando, na Paulicéia desvairada de Mario de Andrade. O caminho até o estádio do Pacaembu tem muito trânsito devido à Parada Gay que acontece na avenida Paulista. Mas, cerca de 32 mil torcedores lotam o estádio, a maioria corinthianos, para mais um clássico Majestoso. 
          Antes do início da partida, os jogadores do time sub-17 corinthiano dão uma volta olímpica exibindo o troféu conquistado na semana passada, na Espanha, diante do Barcelona, pelo segundo ano consecutivo, de Bicampeão Mundial sub-17 e são aplaudidos de pé pela Fiel.
         Em campo, Tite repete a escalação do time que enfrentou e venceu o Fluminense há duas semanas, respeitando a filosofia: Não mexer em time que está ganhando. Já Carpegiani vem com um time remendado devido às suspensões, contusões e convocação, e bem ao seu estilo, professor pardal, aproveita para fazer invenções.
         No primeiro tempo o jogo foi bem movimentado, mas com poucas chances concretas de gols. O Timão bem postado em campo tinha superioridade nas iniciativas e dominou o jogo, mas o São Paulo em contra-ataques perigosos levou perigo à meta alvinegra. Do lado do Tricolor o destaque foram as arrancadas e as boas jogadas do garoto Wellington. Do lado do corinthiano o destaque foi a organização coletiva da equipe. Ao final do primeiro tempo, o destemperado Carlinhos Paraíba, que já havia se envolvido num bate-boca com o volante Paulinho, faz falta grave e leva um merecido cartão vermelho e abre espaço para o aumento do domínio Alvinegro.
         Começa o segundo tempo e sobe o bandeirão da torcida Camisa 12 na arquibancada verde, onde estou e não consigo ver o gol do Danilo. Confusão no pedaço, pois alguns torcedores puxam a bandeira para o lado na ânsia de ver o vídeo-tape do gol e os torcedores organizados que cuidam do bandeirão se zangam e descem para tirar satisfação usando como linguagem os socos e pontapés. A turma do deixa-disso contorna a confusão antes da chegada da polícia e a calma é reestabelecida.
         O Corinthians soube aproveitar a superioridade numérica de jogadores em campo e impôs seu ritmo ao jogo. Já aos 7 minutos, Liedson em tarde inspirada, aproveita o rebote que Rogério Ceni lhe oferece, após uma cabeçada contundente do Paulinho, e com um leve toque encobre o goleiro. Nesse instante, a vitória no clássico já estava decretada, restava só saber se iria ser com goleada e olé. E foi.
         Em ritmo de olé e da animada torcida entoando o canto – “ô, ô, ô, o freguês voltou!” – o Alvinegro do Parque S. Jorge desembainhou sua espada afiada e como o guerreiro ancestral Ogum, Liedson, deu mais duas estocadas, uma aos 15min e outra aos 33min. E para ratificar, o guerreiro Jorge Henrique deu números finais à contenda com um tiro forte da entrada da área e aniquilou o Tricolor paulista.
         Dia histórico para o Mosqueteiro do Parque S. Jorge, que com esse placar conquistou a maior goleada dos 48 jogos do clássico Majestoso no campeonato brasileiro. Valeu ir ao Pacaembu, enfrentar o frio, a chuva e o trânsito.  

Números do confronto:
Data: Domingo 26 de junho de 2011.
Corinthians 5 x 0 São Paulo – jogo 5de38 do Brasileirão 2001.
294 jogos na história do confronto - 48 jogos no Brasileirão
Corinthians: 112 vitórias na história - 18 vitórias no Brasileirão
São Paulo: 89 vitórias na história – 12 vitória no Brasileirão
Empates: 92 na história – 18 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, 03/06/2011, Internet:
Curiosidades:
Súmula oficial do jogo : 
Borderô oficial do jogo:  
Vídeo dos gols: http://vai.la/27kF

FICHA TÉCNICA – Fontes: Sítio Terra Esporte e CBF
Corinthians 5 x 0 São Paulo – Domingo, 26 de junho de 2011.
Gols
Corinthians: Danilo ao 1min; Liedson aos 7min, aos 15min e aos 33min e Jorge Henrique aos 37min do 2º tempo
Corinthians
Júlio César; Welder, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Willian (Emerson), Danilo (Morais) e Jorge Henrique (Edenílson); Liedson
Técnico: Tite
São Paulo
Rogério Ceni; Jean, Xandão, Bruno Uvini e Luiz Eduardo; Rodrigo Caio, Wellington e Carlinhos Paraíba; Marlos (Ilsinho), Fernandinho (Henrique) e Dagoberto
Técnico: Paulo César Carpegiani
Cartões amarelos
Corinthians: Paulinho, Liedson e Leandro Castán
São Paulo: Rogério Ceni e Wellington
Cartão vermelho
São Paulo: Carlinhos Paraíba
Árbitro
Rodrigo Braghetto (SP)
Público
32.221 pessoas
Local
Estádio do Pacaembu, São Paulo (SP)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

CONTRA O TRICOLOR DAS LARANJEIRAS: VITÓRIA CONVINCENTE E A DURA VIDA DO TORCEDOR

Por Moisés Basílio

         Primeiro jogo do Timão pelo campeonato brasileiro 2011 no charmoso Pacaembu e a oportunidade de assistir ao jogo no estádio na companhia do meu filho Pedro. Nesse jogo uma coisa ficou martelando minha cabeça: Como é difícil ir assistir um jogo no estádio. Ou melhor, como o torcedor é maltratado nos estádios brasileiros.
         A minha rotina para ir ao estádio começa com grande antecedência. Na segunda-feira anterior ao jogo entro no sítio do Fiel Torcedor para comprar o ingresso. Para quem não sabe, o Corinthians criou um plano sócio-torcedor onde você paga uma anuidade e tem o direito de comprar com descontos e antecedência, os ingressos para os jogos que ele detém o mando de campo. Meu plano é o mais em conta: Paguei uma anuidade de 100 reais em novembro de 2011 e a cada jogo tenho pago em média 21 reais por um ingresso no setores – arquibancada verde ou tobogã.
         Antes de me tornar um sócio-torcedor a rotina era bem mais puxada, pois os ingressos só são disponibilizados para venda ao público geral depois das vendas para os sócios-torcedores. Se o jogo é no domingo as bilheterias para o público geral abrem na quinta-feira. Se o jogo é importante, na própria quinta-feira os ingressos se esgotam. Para comprar o ingresso tinha que me deslocar para um posto de venda, longe de casa, no meu caso o próprio Parque S. Jorge. No posto de venda enfrentava longas filas e muitas vezes só sobravam os ingressos mais caros, ou nem esses, como no jogo contra o Cruzeiro, no final do ano passado, quando fiquei das 14h00 às 20h00 na fila e não consegui ingresso.
         Chegar ao estádio também não é fácil. São duas as opções: A primeira é ir de carro e a segunda é usar o transporte público. De carro da minha casa –  Sapopemba até o Pacaembu – dá em média 45 minutos, se não chegar em cima da hora. O problema é estacionar, pois tem morrer com 30 reais para o estacionamento em dia de jogos normais e por volta de 50 reais em jogos importantes. No entorno do estádio, além dos estacionamentos estabelecidos, atuam também a máfia dos flanelinhas, que cobram quase igual aos estacionamentos regulamentados para permitir que você estacione na via pública, cobram adiantado e assim que começa o jogo vão embora.
         Agora, de transporte público o tempo para se locomover até o estádio gira em torno de 2h30 à 3h00. Ônibus do Sapopemba até o Metrô. E das estações Clínicas ou Mal. Deodoro, dependendo do jogo, caminhada à pé até o estádio, cerca de 20 a 30 minutos.
         Pronto, cheguei ao estádio do Pacaembu e a luta continua... Uma fila quilométrica para passar na revista policial. Tropa de choque nas proximidades e um grupo mal-humorado de policiais fazem de forma agressiva a revista dos torcedores. O paradigma lombrosiano do século XIX come solto. Eu, por estar de suspensório por baixo da blusa de frio e provavelmente pela cor da cútis, sou minuciosamente revistado. Cito o suspensório, pois o policial cismou com meu adereço. Meu filho, com suas melenas a la rastafári, também é alvo da severa vigilância lombrosiana. Nesse momento a figura que me vem à mente é a da condução de uma manada de gado.
         Dentro do estádio também não há refresco. Os lugares são numerados para inglês ver. Na arquibancada verde do Pacaembu não há cadeiras e você assiste ao jogo com as nádegas no frio cimento ou de pé. Na minha frente dois sujeitos fumavam como uma capivara, um atrás do outro, e fiquei sendo seus sócios passivo. Os banheiros são poucos e estão situados longe da maioria dos assentos, e também estão mal cuidados, uma parte é composta daqueles módulos chamados de sanitários químicos. A alimentação é de péssima qualidade e de altíssimo valor.
         As bilheteiras dos estádios já não são mais, como dantes, o fator importante nas receitas dos clubes, pois foram substituídas pelos contratos milionários da televisão, assim a vida do torcedor que gosta de assistir aos jogos nos estádios está cada vez pior. O Estatuto do Torcedor que foi propagandeado como o grande aliado dos torcedores ainda não saiu do papel. A esperança está na realização da Copa de 2014 no Brasil como forma de mudar o atual padrão de tratamento dos torcedores.
         Quanto ao jogo em si, o Corinthians fez um brilhante primeiro tempo. Marcou em cima e saiu para o jogo, marcando dois gols que liquidou as pretensões da equipe carioca. A primeira jogada saiu pelo setor esquerdo, dos pés do Danilo que acertou um cruzamento na medida para o lépido Willians concluir de cabeça. O segundo gol veio pelo lado direito após boa jogada na da revelação Welder, a bola sobrou para o volante Paulinho que acertou um chute na veia, sendo rebatido pelo goleiro e obrigando a zaga adversária a fazer um pênalti claro em cima do oportunista Liedson. No segundo tempo o Corinthians administrou o resultado. O time se fechou e caiu de produção, mas o fraco time do Flu se perdeu em campo. Méritos para o goleirão Júlio Cesar, que fez brilhantes defesas e mostrou que não quer perder a vaga para o novo contratado Renan, recém chegado de Florianópolis.
        
Números do confronto:
Data: Domingo 12 de junho de 2011.
Corinthians 2 x 0 Fluminense (RJ) – jogo 4de38 do Brasileirão 2001.
90 jogos na história do confronto - 40 jogos no Brasileirão
Corinthians: 33 vitórias na história - 16 vitórias no Brasileirão
Fluminense: 32 vitórias na história – 11 vitória no Brasileirão
Empates: 25 na história – 13 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, 03/06/2011, Internet:
Curiosidades:
Súmula oficial do jogo :  http://vai.la/27aK
Borderô oficial do jogo:  http://vai.la/27aM
Vídeo dos gols: http://vai.la/27bj
FICHA TÉCNICA – Fontes: Sitio Terra Esportes e CBF
Corinthians 2 x 0 Fluminense
Gols
Corinthians: Willian, aos 6min do primeiro tempo, e aos 30min do primeiro tempo
Corinthians
Júlio César; Welder, Wallace, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Jorge Henrique (Cachito Ramírez); Willian (Morais) e Liedson (Emerson)
Técnico: Tite
Fluminense
Ricardo Berna; Gum, Edinho (Souza) e Leandro Euzébio; Mariano, Valencia, Deco (Marquinho), Darío Conca e Julio Cesar; Fred e Tartá (Rafael Moura)
Técnico: Abel Braga
Cartões Amarelos
Corinthians: Danilo e Paulinho
Fluminense: Leandro Euzébio, Souza e Rafael Moura
Público Total
20.777
Público pagante: 18.400
Arrecadação: R$ 575.100,00
Árbitro
Márcio Chagas da Silva (RS)
Auxiliares:
 Júlio Cesar Rodrigues Santos e Marcelo Bertanha Barison.
Local
Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)

domingo, 5 de junho de 2011

O BONDE ALEGRIA DESCARRILHOU! TÁ FREADO, TÁ FREADO... UM EMPATE ANIMADOR

CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO 1 X 1 SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA, Domingo, 05/06/2011, Estádio do Engenhão, Rio de Janeiro, RJ, Campeonato Brasileiro 2011, Terceira Rodada.

 Por Moisés Basílio
      
         O grande sambista carioca Wilson Batista (1913/1968), da famosa polêmica com Noel Rosa, era um apaixonado torcedor rubro-negro. Também gostava de fazer samba tendo o bonde como mote poético. Lembrei-me dele ao final do jogo dessa tarde de domingo, vendo o seu time descarrilhar diante do Mosqueteiro do Parque São Jorge. Para apreciar o samba veja essa edição no YouTube – gravação de 1943 na voz do Déo: http://youtu.be/y-7lR_OyB-M. Existe também uma bela interpretação desse samba na voz do Paulinho da Viola. 
  
...e o 56 Não Veio  
Composição : Wilson Batista / Haroldo Lobo

 Eu ontem esperei ás 7 em ponto
Ainda dei uma hora de desconto
Os ponteiros do relógio pareciam me dizer
"Vai embora meu amigo ela não vai aparecer"


Será que ela não veio porque se zangou?
Ou o bonde Alegria descarrilhou?


Houve qualquer coisa de anormal
Ela sempre foi pra mim tão pontual
Fui ao chefe da Light*, perguntei ao inspetor
"O que houve com o 56? 

Esse bonde sempre trouxe o meu amor"

(*Light foi a empresa de bondes elétricos que obteve a concessão da linha Madureira - Irajá após 1928.)

O jogo não foi fácil. Descarrilhar o bonde do Mengão sem freio no Rio de Janeiro vai ser tarefa difícil para qualquer time nesse Brasileirão. Sem contar ainda com fato da festa de despedida do ídolo rubro-negro Petkovic, que carreou milhares de “urubus” para homenageá-lo.

         Hoje assisti ao jogo com as imagens geradas pela TV Globo e a narração pela rádio Transamérica. Peguei essa mania por conta do tal “deley”, ou seja, pelo atraso da transmissão do sinal televiso. Como tenho tevê paga, alguns vizinhos com tevê aberta gritavam gol enquanto eu ainda estava vendo a jogada sendo ensaiada. Com o velho e tradicional rádio já não corro o risco de comemorar ou ficar com raiva atrasado.

         O Timão começou o jogo à “milhão”, parafraseando meus alunos adolescentes, com um ataque fulminante que culminou com um belo chute do Willians, espalmado pelo Felipe na cabeça do Liedson, e que por muito pouco não abriu o placar, obrigando o goleiro do Flamengo a realizar uma bela defesa. Isso tudo antes do primeiro minuto de jogo.

        Depois o jogo foi ganhando o contorno onde o Flamengo detinha maior posse de bola e o Timão postado atrás, em posição de contra-ataque. E foi num desses contra-ataques que o estreante Weldinho, o moço que nasceu em Franca (SP), com 20 anos de idade, lateral direito habilidoso, recém-chegado do Paulista de Jundiaí, driblou seu marcador e foi à linha de fundo de onde cruzou para o veloz Willian bater de primeira, tirando o goleiro Felipe da jogada e fazendo a bola morrer no fundo da rede.

        Diferente dos jogos anteriores o time do Corinthians estava bem postado em campo e resistia tranquilamente aos ataques flamenguistas, que não contou com Thiago Neves servindo à seleção. A sorte dos adversários veio através de uma bola parada, numa bela cobrança de falta do ex-corinthiano Renato, sem chances para o Júlio Cesar, que já sente na pele, em cada gol tomado, a presença da sombra do Renan que chega do Avaí. Mas, sejamos justo, não foi falha do goleiro.

        No segundo tempo o jogo continuou no mesmo padrão tático. O Flamengo atacando e o Timão usando da arma do contra-ataque. Pelo Corinthians a boa novidade foi a estreia do volante gaúcho, de Porto Alegre, revelação do time do Caxias, Edenílson, jovem de 21 anos, que segundo fontes do sul joga mais que o Jucilei. Edenílson entrou com vontade substituindo ao Liedson, que saiu contundido depois de um choque com o goleiro Felipe.

       O outro estreante no esquadrão alvinegro foi o polêmico Emerson Sheik. Jogou poucos minutos no lugar do contundido Jorge Henrique e não comprometeu. Também entrou Morais no lugar do Danilo. Embora muitos critiquem o Danilo, eu gosto do seu futebol, embora não seja um meia habilidoso, joga bem o arroz com feijão. O que não se pode cobrar dele é que seja o principal criador do time, pois seu perfil é o de um bom coadjuvante.

     Tanto o Flamengo no ataque, como o Corinthians no contra-ataque criaram oportunidades de gols na segunda etapa e o jogo continuou aberto até o final. Para o Corinthians o empate fora de casa saiu de bom tamanho, pois no campeonato de pontos corridos empate fora de casa, principalmente contra um concorrente direto, como o bonde sem freio do Mengão, pode ser considerado vitória. 
_________________________________________________

Números do confronto:
Flamengo 1 x 1 Corinthians – jogo 3de38 do Brasileirão 2011.
116 jogos na história do confronto - 50 jogos no Brasileirão
Corinthians: 44 vitórias na história - 16 vitórias no Brasileirão
Flamengo: 47 vitórias na história – 19 vitória no Brasileirão
Empate: 25 na história – 15 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, 03/06/2011, Internet

Ficha técnica do jogo – fonte: Sítio AcervoSCCP - http://www.acervosccp.com/201128.htm
FLAMENGO – CORINTHIANS 1-1
CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 – 3ª RODADA
DATA: domingo, 05/06/2011
LOCAL: Estádio João Havelange, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – Brasil
PÚBLICO: 42.000 presentes (37.010 pagantes + 4.990 convidados)
RENDA BRUTA: R$ 1.180.655,00
RENDA LÍQUIDA: R$ 824.067,03
DESPESAS: R$ 356.587,97 
ÁRBITRO: Heber Roberto Lopes.
ASSISTENTES: Gílson Bento Coutinho e Ivan Carlos Bohn.
GOLS: 18’ Willian, 40’ Renato.
CARTÃO AMARELO: Negueba e Willians; Chicão e Liedson.


FLAMENGO: Felipe; Leonardo Moura, David Braz, Welinton, Egídio (84’ Júnior César); Willians, Renato, Bottinelli, Petkovic (45’ Negueba); Ronaldinho Gaúcho e Wanderley (61’ Diego Maurício). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.


CORINTHIANS: Júlio César; Weldinho, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo (77’ Morais); Jorge Henrique (82’ Emerson), Willian; Liedson (61’ Edenílson). Técnico: Tite.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

POR QUE SOU CORINTHIANA

Por Mariana de Souza Leal*
  
   No meu ponto de vista tem coisas que descobrimos e que nunca esquecemos. Um exemplo disso é quando descobrimos o nosso nome, quando descobrimos o que representa a mãe ou um ídolo. Algo que leva para sempre.

      É assim o mesmo sentimento pelo Corinthians. Quando descobrimos a torcida unida, cantando o hino com amor e com garra, força e determinação. Quando vemos o time em campo, e principalmente vendo os jogadores atacarem e fazer o gol. A partir daí você começa a descobrir o que é ser corinthiana.

     Quando vemos a bola rolar e o coração disparar de emoção, sinto o que é ser uma torcedora, ter orgulho do nosso time, ganhando ou perdendo.

    Posso citar algumas semelhanças, assim como meu nome é Leal, torço por um time Fiel, sou guerreira e não fujo da luta.

     Admirar e pressionar os jogadores quando necessário, para que honrem a camisa. Essa é a meta de todos corinthianos, ter o time eternamente dentro dos nossos corações. Temos tradição e glória durante todos esses anos de história e luta.

    Desejo revelar que assim como não mudo meu nome, também não mudo meu time, são muitas explicações possíveis de se dar e tantas outras para se entender.

    Ser uma corinthiana, é ser um pouco mais brasileira, já cantou uma vez o Toquinho. É saber o que está acontecendo e acompanhar o time, por exemplo: No Campeonato Brasileiro ou no Paulista, saber a posição que o time está, ter uma camiseta ou um símbolo na sua casa. Pois na verdade é isso que traz alegria à uma torcedora, é o que nos uni. E também saber que o nosso time e o nosso país é uma fabrica de craques do gol.

   E não podemos deixar por menos, pois tivemos a felicidade de ter o fenômeno Ronaldo jogando para o nosso time. Tenho certeza que isso também foi uma das maiores alegrias da Fiel torcida, assim como tantos outros jogadores que fazem e fizeram história para o nosso time.

    Agradeço a Marcelinho Carioca, Gamarra, Edu, Ronaldo, Vampeta, Dida, que durante essa trajetória também levaram a nossa camisa no peito.

   Em fim, meu coração se alegra de ser corinthiana, de descobrir que esse é o time que vou levar para sempre no meu coração e em minha vida, que é por esse time que eu vou torcer vibrar, sorrir e chorar, cantar bem alto o hino corintiano, e que isso continue por muitos e muitos anos em minha vida e de todo torcedor corinthiano.


* Mariana de Souza Leal, 26 anos, é minha sobrinha e faz parte da ala corinthiana da família.