quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O PENTA NO CAMPEONATO BRASILEIRO E O PARADOXO DO BESOURO


Por Moisés Basílio

         A campanha corinthiana no campeonato brasileiro de 2011 me fez lembrar um professor de física que tive no antigo segundo grau, atual ensino médio. Não me lembro com detalhes de seus argumentos, mas ele sempre mencionava o tal paradoxo do besouro quando acontecia algo que suas lógicas explicações, baseadas nas teorias da física, não funcionavam. E assim concluía: Pelas leis física da aerodinâmica o besouro também não poderia alçar vôo, mas ele voa.

         Digo isso com o coração cheio de emoção depois de vibrar em pleno Pacaembu, abraçado com meus filhos, a conquista do penta campeonato em cima do Palmeiras. Digo isso depois de ir ao estádio do Pacaembu, assistir e torcer, em todos os dezoitos jogos que o Timão jogou em sua casa. Digo isso depois de assistir a todos os jogos que foram transmitidos pela televisão, quando o Timão foi visitante. Digo isso depois de escrever uma crônica para cada jogo do Corinthians nesse campeonato.

         Pela lógica das leis do futebol o Corinthians não poderia ter se sagrado campeão brasileiro de 2011, pois embora tenha um bom time, não é o melhor time e nem tem o melhor elenco do futebol brasileiro. Uma série de acontecimentos improváveis e favoráveis ao Timão foi se juntando ao longo do campeonato. Uma sequência inicial de 93% de desempenho positivo nas primeiras dez rodadas do campeonato. Para se ter uma ideia do que isso significou basta lembrar que o Corinthians conquistou 28 pontos nessas dez primeiras rodadas, ou seja, 40% do dos 71 pontos que o fizeram campeão. Muitas vitórias de viradas, ou vitórias apertadas com placares mínimos. Jogadores limitados ou novatos, que se superaram ao longo da competição. Gols surpreendentes como os de Cachito Ramirez contra o Ceará e o de Adriano contra o Atlético Mineiro. Os melhores times dando prioridade à disputa de outros campeonatos deram chance do Timão disparar logo no início, etc.

         Mas a vida é mais do que teorias, leis e lógicas. A vida também é feita de lutas, sonhos e esperanças. E não é atoa que os corinthianos se autodenominam um bando de loucos. Para o Corinthians tudo é possível. E essa força que nasceu desse torcida de mais de 30 milhões de loucos durante o campeonato foi interagindo com o elenco de jogadores, comissão técnica e dirigentes e contagiando a campanha, e forjaram os resultados que nos deram a vitória final. O besouro voou!

         O time corinthiano se acertou durante o campeonato. A diretoria foi muito feliz nas contratações de reforços. A chegada do Emerson Sheik e do Alex foram decisivas para dar corpo e qualificar o time depois da contusão do Adriano. E a manutenção do Tite, mesmo com as pressões foi também de grande importância. 

         Vamos analisar o time campeão. Como já dizia os antigos, um bom time começa pelo gol. O goleiro Júlio Cesar é um bom goleiro e pronto. O ponto forte do nosso goleiro é a regularidade e a identificação com a torcida. O ponto fraco foi a saída do gol quando das cobranças de faltas, escanteios e cruzamentos. Teve um momento do campeonato que o time tomou muitos gols em jogada de escanteio e além dos zagueiros, vejo que o Júlio pecou muito nesse momento. O goleiro Renan, que foi contrato como um grande goleiro, caiu em desgraça depois de atuações pífias. O terceiro goleiro Danilo Fernandes, aproveitou a oportunidade e ganhou a vaga de primeiro reserva.

         A defesa do time, em números, foi a melhor defesa do campeonato sofrendo apenas 36 gols. O forte dessa defesa está no seu conjunto e não nas individualidades e também na primorosa cobertura dos volantes que formam o meio de campo, Ralf e Paulinho. Também nos atacantes que marcam no ataque e voltam para auxiliar a defesa, principalmente: William, Jorge Henrique e Danilo.  Mesmos os atacante de frente, Liedson e Sheik, foram bravos marcadores. O melhor da defesa sem dúvida foi o Leandro Castán. O Chicão caiu muito de produção e a mão do Tite foi certeira em trocá-lo pelo experiente Paulo André. O zagueiro Wallace oscilou muito entre boas e más entradas, mas manteve certa regularidade, não comprometeu o time, mostrou versatilidade, embora se mostrou muito inseguro em momento importantes.

         Ainda no setor de defesa temos os laterais. Pela direita o titular Alessandro não vive uma boa fase. Foi um bom jogador no apoio e nas assistências pela lateral, mas tem pecado muito na marcação, tem muita dificuldade no fundamento de concluir para o gol e fisicamente não está bem. O reserva Welder foi uma grata surpresa e mostrou grande potencial nesse primeiro campeonato defendendo o Mosqueteiro do Parque S. Jorge. Sempre entrou bem e não comprometeu, tem potencial. Do lado esquerdo o regular Fábio Santos jogou o feijão com arroz. Poderia ousar mais com o seu chute forte. O reserva Ramon sofreu muito com as contusões e jogou pouco.

         O meio campo foi um ponto forte do time. Os volantes titulares, Ralf forte na marcação e Paulinho que além de excelente marcador foi muito importante como um elemento surpresa na chegada à grande área e nas belas conclusões certeiras ao gol, que deram muitas vitórias ao time. O reserva Ednilson sempre entrou bem e não decepcionou. Moradei muito limitado, mas que não comprometeu quando entrou em campo e o prata da casa Bruno Octavio e praticamente não jogou|.

         Os meias de criação se não foram o brilho do campeonato, foi decisivos. Danilo com sua experiência foi o grande assistente. E Alex provou que é craque e decisivo, mesmo estando ainda num momento de readaptação ao futebol brasileiro. Morais é um jogador sem muito brilho, que não vai longe no Corinthians. Já o Cachito Ramirez, com dizem os franceses, nesse campeonato se tornou “hours concours” pelo gol de placa feito contra o Ceará.

         O ataque corinthiano não deu chabu. Mesmo em má fase nesse ano, Jorge Henrique é símbolo de raça e determinação, e se superou no jogo final contra o Palmeiras. O recém-chegado ao time, Willian não se intimidou e foi sempre decisivo com suas arrancadas velozes e fulminantes. Emerson Sheik esbanjou categoria e vontade de vencer. E o “levinho” Liedson é o oposto do que foi o nosso simpático, mas grosso e azarado, centroavante do ano passado Souza. Liedson sempre cresce nos momentos decisivos e não nega fogo. Elias e Taubaté, vindos da base, ganharam experiência. E o Adriano? Autor de um dos momentos mais emocionantes do campeonato diante do Atlético Mineiro. E só.

         E o nosso técnico Tite? Dou o braço a torcer. Confesso que durante a Libertadores, o Campeonato Paulista e o início do Brasileiro classifiquei o Tite como um charlatão. Por trás do epiteto de filósofo, dado ao técnico em muitas crônicas, estava um certo ranço de ironia. Depois a ironia foi se transformando em algo positivo e distintivo. Durante o campeonato fui entendo a lógica da “titebilidade”. Claro que pesou a máxima do pensador, fruto da criação machadiana, Quinca Borbas: “Aos vencedores as batatas”. A cada vitória do time dirigido por Tite, mais batatas para ele. E como foi o técnico que mais vitórias obteve, leva os louros da glória.

         Por fim, cabe um grande Salve para a Fiel torcida corinthiana. Nesse domingo a Fiel emudeceu durante o minuto de silêncio, com braço erguido e punho cerrado, em memória do Doutor Sócrates. Presença massiva em todos os jogos, o bando de loucos jogou com o time, sofreu com o time, comungou com o time. A mesma Fiel que sofreu no primeiro jogo do ano o prenúncio da desclassificação diante do Tolima, viu-se recompensada, no ultimo jogo do ano, ao vibrar com a conquista do pentacampeonato brasileiro numa partida eletrizante diante do Palmeiras. 

           Salve o Pentacampeonato!
           Viva Dr. Sócrates!



Números do confronto:
Corinthians 0 x 0 Palmeiras – jogo 38de38 do Brasileirão 2011.
339 jogos na história do confronto – 39 jogos no Brasileirão
Corinthians: 116 vitórias na história -11 vitórias no Brasileirão
Palmeiras: 121 vitórias na história – 13 vitória no Brasileirão
Empates: 102 na história – 15 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, Internet:

Curiosidades:
Súmula oficial do jogo: http://vai.la/2CUW
Borderô oficial do jogo: http://vai.la/2CUY
Vídeo dos gols: http://vai.la/2CVd
FICHA TÉCNICA – Fonte: Sítios do Terra Esporte e CBF
Domingo, 04/12/2011 às 17:00, São Paulo/SP
Corinthians 0 x 0 Palmeiras
Corinthians
Júlio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho e Wallace; Willian (Chicão), Alex e Jorge Henrique (Moradei); Liedson (Edenílson). Técnico: Tite
Palmeiras
Deola; Cicinho (Maikon Leite), Henrique, Leandro Amaro e Gerley; Márcio Araújo e Marcos Assunção; Patrik (João Vítor), Valdivia e Luan; Ricardo Bueno (Fernandão). Técnico: Luiz Felipe Scolari
Cartões amarelos
Corinthians: Alex, Jorge Henrique, Wallace, Alessandro, Liedson e Chicão
Palmeiras: Henrique, Leandro Amaro e João Vítor
Cartões vermelhos
Corinthians: Wallace e Leandro Castán
Palmeiras: Valdivia e João Vítor
Árbitro
Wilson Luiz Seneme (SP)
Local
Estádio do Pacaembu, São Paulo (SP) 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

E A CONQUISTA DO PENTA BATE NA TRAVE

Por Moisés Basílio

         Nós torcedores já estamos acostumados com esse Corinthians do campeonato brasileiro de 2011. A maioria das vinte e uma vitórias foram conquistadas com placares apertados, assim como também foram as derrotas.

Para se ter uma ideia, foram sete vitórias por um a zero, oito vitórias por dois a um e duas vitórias por três a dois, perfazendo um total de dezessete vitórias com diferença de um gol.

         Isso dá a medida do sofrimento dos torcedores mosqueteiros até o ultimo minuto de cada um desses jogos. E ontem além do nosso próprio jogo, ainda tivemos que amargar o finalzinho adverso do jogo Vasco x Fluminense e o gol salvador do Gigante da Colina nos minutos finais. Haja coração no próximo domingo. 
         
         Porém, como diz o velho ditado há males que vem para o bem. Ganhar o penta em cima do Palmeiras, num Pacaembu lotado será muito mais prazeroso. Que S. Jorge guerreiro esteja conosco no próximo domingo. Axé!


Números do confronto:
Corinthians 1 x 0 Figueirense – jogo 37de38 do Brasileirão 2011.
19 jogos na história do confronto - 15 jogos no Brasileirão
Corinthians: 8 vitórias na história - 6 vitórias no Brasileirão
Figueirense: 6 vitórias na história – 6 vitória no Brasileirão
Empates: 4 na história – 3 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, Internet:

Curiosidades:
Súmula oficial do jogo: http://vai.la/2BbK
Borderô oficial do jogo: http://vai.la/2BbL
Vídeo dos gols: http://vai.la/2BbM
FICHA TÉCNICA – Fonte: Sítios do Terra Esporte e CBF
Domingo, 27/11/2011 às 17:00, Florianópolis/SC
Figueirense 0 x 1 Corinthians
Gol
Corinthians: Liedson, aos 22min do 2º tempo
Figueirense
Wilson; Bruno, Roger Carvalho, Edson Silva e Juninho; Ygor (Jônatas) e Coutinho; Wellington Nem, Fernandes (Aloísio) e Maicon; Júlio César (Rhayner). Técnico: Jorginho
Corinthians
Júlio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Willian (Alex), Danilo (Jorge Henrique) e Emerson (Edenílson); Liedson. Técnico: Tite
Cartões amarelos
Figueirense: Edson Silva, Juninho e Rhayner
Corinthians: Danilo, Jorge Henrique, Júlio César e Ralf
Árbitro
Wilton Pereira Sampaio (DF)
Local
Estádio Orlando Scarpelli, Florianópolis (SC)

SALVE O IMPERADOR ADRIANO!

Por Moisés Basílio


          O Pacaembu lotado, com gente saindo pelo “ladrão”. A alegria está estampada no rosto de cada torcedor corinthiano que vem garboso assistir ao jogo.

De todos os cantos brotam corinthianos. Romarias desfilam pelas avenidas, ruas e alamedas, vindos dos metrôs Clínicas ou Marechal Deodoro. Outra parte vem pela Avenida Pacaembu, provenientes das linhas de trem lá da estação Barra Funda. Muitos chegam de ônibus fretados e outros chegam nos carros, bicicletas, motos ou mesmo de a pé. Os restantes dos 30 milhões de corinthianos estão por aqui em espírito.

O estádio do Pacaembu é pequeno para tamanha multidão. Mas, o Pacaembu tem tradição e a áurea dada pelos deuses do futebol para acolher a grandeza de um clássico da magnitude de um Corinthians versus Atlético Mineiro, valendo a liderança do campeonato.

O jogo foi nervoso. O Atlético jogando sem grandes responsabilidades, pois já escapara da zona de rebaixamento e não tinha chances de alcançar posição significativa na linha de frente do campeonato.  O Timão nervoso. Foi assim o primeiro tempo.

Mal teve início o segundo tempo o Galo abre o placar aos nove minutos. A agonia começa. O medo de levar o segundo gol e a esperança do empate. E o tempo passa. A paciência da torcida chega ao limite. O meia Danilo que não fez um boa partida é alvo da ira de parte da torcida. Foi numa falha sua no ataque que o Atlético conseguiu armar o contra-ataque que redundou na abertura do placar.

No banco o técnico Tite mexe no time. Sai Danilo e entra Alex. Saiu Willian e entra o Imperador Adriano. Sinceramente acho que o Tite exagerou, pois os dois atletas que entraram vinham de contusão e poderiam não ter o pique para emplacar a virada do placar.

Ponto para o Tite, que acertou em cheio. O time cresce e não se desespera. Numa bela jogada, Liedson consegue empatar o jogo. E para cima do Galo, que quer cozinhar o galo, com a cera constante.

           Tudo parecia levar ao empate. Eis que Leandro Castán faz um belo desarme e a bola sobra para Emerson Sheik, que em desabalada velocidade arma o contra-ataque e lança Adriano. O Imperador lépido corre e frente ao goleiro toca com maestria a bola com precisão. É gol! São lágrimas que rolam pela arquibancada, o estádio entra em transe. São minutos de plena euforia, de alegria sem fim.
Números do confronto:
Corinthians 2 x 1 Atlético Mineiro – jogo 36de38 do Brasileirão 2011.
82 jogos na história do confronto - 47 jogos no Brasileirão
Corinthians: 33 vitórias na história - 22 vitórias no Brasileirão
Atlético Mineiro: 26 vitórias na história – 14 vitória no Brasileirão
Empates: 23 na história – 12 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, Internet:

Curiosidades:
Súmula oficial do jogo:  http://vai.la/2BbX
Borderô oficial do jogo: http://vai.la/2BbZ
Vídeo dos gols: http://vai.la/2Bc1
FICHA TÉCNICA – Fonte: Sítios do Terra Esporte e CBF
Domingo, 20/11/2011 às 17:00, São Paulo/SP
CORINTHIANS 2 x 1 ATLÉTICO-MG
Gols
CORINTHIANS:
Liedson, aos 32min, e Adriano, aos 43min do 2º tempo
ATLÉTICO-MG:
Leonardo Silva, aos 9min do 2º tempo
CORINTHIANS: Júlio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho e Ralf; Willian (Adriano), Danilo (Alex) e Emerson; Liedson (Wallace)
Treinador: Tite
ATLÉTICO-MG: Renan Ribeiro; Serginho, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson (Triguinho); Pierre e Filippe Soutto; Carlos César (Mancini), Daniel Carvalho e Bernard; André (Neto Berola)
Treinador: Cuca
Cartões amarelos
CORINTHIANS: Alessandro, Paulo André, Adriano
ATLÉTICO-MG: Carlos César, André
Árbitro
Wagner Reway (MT)
Público pagante e renda
35.011 pagantes / R$ 1.277.113,50
Local
Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)

CACHITO, CACHITO, CACHITO MIO!

Por Moisés Basílio

         O grande Nat King Cole imortalizou essa canção latino-americana. Ouvia sempre minha querida mãe cantá-la e ao mesmo tempo dançá-la. Minha mãe foi grande fã do Sr. Cole. E eu era o seu cachito.

         E ao som compassado de cachito me veio à lembrança durante a partida de futebol dessa noite de quarta-feira, quando o peruano Cachito Ramirez entrou bailando pela área do time do Ceará para marcar o tento da vitória corinthiana na terra da virgem Iracema das melenas pretas e dos lábios de mel.

         E com o grito de gol, lembrando minha querida mamãe entoei:

         Cachito, cachito, cachito mio
pedazo de cielo que Dios me dio
te miro y te miro y al fin bendigo
bendigo la suerte de ser tu amor.”

Digo: De su gol.

Números do confronto:
Corinthians 1 x 0 Ceará – jogo 35de38 do Brasileirão 2011.
17 jogos na história do confronto - 13 jogos no Brasileirão
Corinthians: 9 vitórias na história - 8 vitórias no Brasileirão
Ceará: 7 vitórias na história – 4 vitória no Brasileirão
Empates: 1 na história – 1 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, Internet:

Curiosidades:
Súmula oficial do jogo: http://vai.la/2Bc2
Borderô oficial do jogo:
Vídeo dos gols: http://vai.la/2Bc3
FICHA TÉCNICA – Fonte: Sítios do Terra Esporte e CBF
Quarta, 16/11/2011 às 21:50, Fortaleza/CE
CEARÁ 0 x 1 CORINTHIANS
Gols:
CORINTHIANS: Cachito Ramírez, aos 35min do 2º tempo
CEARÁ: Fernando Henrique; Heleno (Boiadeiro), Fabrício, Daniel Marques e Eusébio; João Marcos, Juca, Michel (Washington) e Thiago Humberto (Leandro Chaves); Felipe Azevedo e Osvaldo.
Técnico: Dimas Filgueiras
CORINTHIANS: Júlio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Edenílson, Ralf e Danilo (Ramírez); Willian (Wallace), Emerson e Liedson (Morais).
Técnico: Tite
Cartões Amarelos
CEARÁ: Fabrício e Daniel Marques
CORINTHIANS: Leandro Castán e Fábio Santos
Cartões Vermelhos
CEARÁ: Fabrício
Árbitro
Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Local
Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

VITÓRIA SOFRIDA, CHORADA E MOLHADA PELA CHUVA

Por Moisés Basílio

         À exaustão os corinthianos gostam de propalarem aos quatro ventos que tudo é sofrido para o Timão. Gostam de bradar nos estádios como palavras de ordem: “Ô, ô, ô... Corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus!” E essa campanha no campeonato brasileiro de 2011 está confirmando essa hipótese.

         O jogo contra o Atlético Paranaense começou com cara de que iria acontecer uma chuva de gols no Pacaembu. Um Corinthians envolvente, ocupando todos os espaços do campo e não deixando o time adversário respirar. E assim, no toque de bola, construiu o placar de dois a zero antes dos cinco minutos iniciais da partida.

         O jogo foi dominado pelo Timão durante todo o primeiro tempo. As oportunidades de gols surgiram, mas o terceiro gol não foi concretizado. No tobogã, acompanhando o jogo com meus filhos, lembrei-me de uma velha máxima do futebol que diz que o placar de dois a zero é enganador e perigoso.

         É enganador porque quem está vencendo por dois a zero tende a se acomodar antes da hora. É perigoso, pois se leva um gol estimula o adversário à buscar o empate e o time acomodado normalmente demora para voltar ao jogo e então corre-se o risco de tomar uma virada.

         Depois desse debate no intervalo do jogo com os meus filhos vi minhas reflexões se tornarem realidade no segundo tempo. O Atlético Paranaense que não tinha feito nada no primeiro tempo, com a entrada do atacante argentino Nieto virou o demônio. O Corinthians que dominara totalmente o jogo voltou ao futebol burocrático de dar nojo. O time parece que esquece de jogar. E logo nos minutos iniciais, para azedar mais o caldo, o nosso eterno carrasco Paulo Baier fez um gol.

         A partida que começou com uma chuva de gols foi se complicando para o Mosqueteiro. Uma bola chutada pelo Nieto, da intermediária, bateu no travessão, quicou em cima da linha do gol. Outra bola chutada pelo Paulo Baier, bateu na trave e percorreu toda a área em perigo mortal de gol. Suava frio quando nos momentos finais do jogo a chuva chegou forte, lavando tudo, até a alma.

         A água e o vento frio aqueceram a Fiel. Todo mundo pulando e cantando a sofrida, chorada e molhada vitória.

Números do confronto:
Corinthians 2 x 1 Atlético/PR – jogo 34de38 do Brasileirão 2011.
45 jogos na história do confronto - 31 jogos no Brasileirão
Corinthians: 16 vitórias na história – 11 vitórias no Brasileirão
Atlético/PR: 15 vitórias na história – 10 vitória no Brasileirão
Empates: 15 na história – 10 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, 28/07 2011, Internet:

Curiosidades:
Súmula oficial do jogo:
Borderô oficial do jogo:
Vídeo dos gols: http://vai.la/2yI0

FICHA TÉCNICA – Fonte: Sítios do Terra Esporte e CBF
Domingo, 13/11/2011 às 17:00, São Paulo/SP
CORINTHIANS 2 x 1 ATLÉTICO-PR
Gols
CORINTHIANS:
Paulinho, aos 2min, e Emerson, aos 4min do 1º tempo
ATLÉTICO-PR:
Paulo Baier, aos 3min do 2º tempo
CORINTHIANS: Júlio César; Welder (Wallace), Leandro Castán, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Emerson, Willian (Adriano) e Liedson (Morais)
Treinador: Tite
ATLÉTICO-PR: Renan Rocha; Wagner Diniz, Gustavo, Fabrício e Héracles; Deivid, Wendel e Paulo Baier; Marcinho; Adaílton (Nieto) e Guerrón (Morro Garcia)
Treinador: Antonio Lopes
Cartões amarelos
CORINTHIANS: Paulinho
ATLÉTICO-PR: Fabrício, Gustavo, Héracles e Morro Garcia
Árbitro
Nielson Nogueira Dias (PE)
Local
Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)

AINDA NÃO PINTOU O CAMPEÃO: DERROTA FEIA PARA O LANTERNA DO CAMPEONATO

Por Moisés Basílio


         Nesse domingo estava em Ouro Preto, cidade histórica mineira, curtindo uma semana de férias, dia em que o Timão encarava o América Mineiro lá no lado oeste de Minas, em Uberlândia, região do Triângulo Mineiro.

         Dia de jogo do Corinthians é sempre um dia distinto. Fico agitado desde o acordar. Acordei em Ouro Preto, tomei o café da manhã na pousada e logo segui com minha amada para conhecer os encantos da cidade vizinha de Mariana, primeira capital mineira, onde a arte, de estilos barroco e rococó, faz o antigo mundo colonial renascer no mundo atual. Mariana tão querida, última morada e repouso final do grande pastor, santo, profeta e amigo Dom Luciano Mendes de Almeida, bispo que me iluminou nos meus tempos de juventude.

         Depois de sorver os encantos de Mariana volto à pousada para no recanto do nosso quarto acompanhar a rodada dominical do campeonato brasileiro de 2011, no ambiente colonial de Ouro Preto.

         Cansada da maratona em terras dos Inconfidentes, minha querida esposa descansa em nosso leito. Ligo a televisão, deixo mudo o volume, para só acompanhar as imagens da transmissão ao vivo do jogo Santos versus Vasco. A televisão daqui acompanha o universo carioca. Ligo o rádio FM do meu celular e depois de uma busca desesperada consigo sintonizar uma emissora local que retransmite os sinais da rádio Jovem Pan de São Paulo, que felizmente está transmitindo a partida do Timão. A chamada da rádio em faz sentir saudades do ser paulistano que sou: “Jovem Pan, São Paulo, Brasil”.

         Com os ouvidos no rádio e com os olhos literalmente no peixe sigo acompanhando a rodada. De quebra também acompanho os gols do jogo Flamengo versus Cruzeiro.

         Jogo sofrido. Dá vontade de atirar o aparelho telefônico pela janela quando no finalzinho do jogo o azarão América faz o gol da vitória.

Cá com os meus botões, penso comigo mesmo: Não vale a pena tal despropósito, o melhor é sorver a derrota de outra forma.

Vou até o frigobar, abro uma cerveja estupidamente gelada e afogo e afago minhas mágoas no líquido etílico. Semana que vem tem mais e vou estar sentado nas arquibancadas do Pacaembu para ver o meu timão se recuperar. Até lá. Saúde!
          
Números do confronto:
Corinthians 1 x 2 América/MG – jogo 33de38 do Brasileirão 2011.
13 jogos na história do confronto - 10 jogos no Brasileirão
Corinthians: 05 vitórias na história – 04 vitórias no Brasileirão
América: 05 vitórias na história – 03 vitória no Brasileirão
Empates: 04 na história – 03 empates no Brasileirão
Fonte: Agência Corinthians, Internet:

Curiosidades:
Súmula oficial do jogo: http://vai.la/2yHQ
Borderô oficial do jogo: http://vai.la/2yHR
Vídeo dos gols: http://vai.la/2yHS

FICHA TÉCNICA – Fonte: Sítios do Terra Esporte e CBF
Domingo, 06/11/2011 às 17:00, Uberlândia/MG
AMÉRICA-MG 2 X 1 CORINTHIANS
Gols
AMÉRICA-MG: Fábio Júnior, aos 34min do primeiro tempo; Amaral, aos 45min do segundo tempo
CORINTHIANS: Chicão, aos 44min do primeiro tempo
AMÉRICA-MG: Neneca; Ânderson, Micão e Éverton Luiz; Marcos Rocha, Amaral, Leandro Ferreira, Rodriguinho e Thiago Carleto; Fábio Júnior (Dudu) e Kempes (Léo)
Treinador: Givanildo Oliveira
CORINTHIANS: Júlio César; Alessandro (Welder), Chicão, Wallace e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Émerson); Willian (Edenílson) e Liedson
Treinador: Tite
Cartões amarelos
AMÉRICA-MG: Micão, Fábio Júnior e Amaral
CORINTHIANS: Alessandro e Chicão
Árbitro
Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Local
Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG)