domingo, 2 de fevereiro de 2014

PELA CULTURA DE PAZ NO FUTEBOL! É PRECISO DAR UM BASTA À VIOLÊNCIA

Associação Atlética Ponte Preta 2 x 1 Sport Club Corinthians Paulista, Domingo, 02/02/2014, Estádio Moisés Lucarelli, Campinas, SP, Campeonato Paulista 2014, Quinta Rodada.

Por Moisés Basílio

créditos: Foto Pedro C.B. Leal

Os acontecimentos violentos do último sábado no Centro de Treinamento do Corinthians envolvendo as principais torcidas organizadas chocaram a todos corinthianos que amam o futebol do "fair play" e não o futebol guerra. Não dá mais para aceitar a cultura da violência prevalecendo dentro do futebol. 

Ainda não sabemos ao certo a extensão das ações violentas do grupo que invadiu o local, mas o impacto sobre o elenco foi visível. Não era para haver jogo nesse domingo, mas para cumprir os compromissos econômicos o Timão teve que jogar em Campinas. 

O impasse está posto. A ação violenta das torcidas organizadas chegou a um ponto insuportável. Não dá mais para se calar, ignorar o acontecido e não fazer nada. 

Para o Corinthians, depois dos acontecimentos violentos de 2013, uma medida de força terá que acontecer. Ou uma punição exemplar às torcidas organizadas ou a saída do time do Campeonato Paulista, por falta de condições de praticar o esporte em clima de paz. 

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FICHA TÉCNICA - Fonte: Gazeta Esportiva Net - http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2014/02/ponte-preta/ficha-tecnica-ponte-preta-2-x-1-corinthians.html
PONTE PRETA 2 X 1 CORINTHIANS
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Data: 2 de fevereiro de 2014, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Marcelo Rogério (SP)
Assistentes: Daniel Luis Marques e Ricardo Pavanelli Lanutto (ambos de SP)
Cartões amarelos: Alemão, Bruno Silva, Rossi e Fernando Bob (Ponte Preta); Guilherme, Paulo André e Fagner (Corinthians)
Cartões vermelhos: Gil e Paulo André (Corinthians)
GolsPONTE PRETA: Alemão, aos 3 minutos do primeiro tempo; Ferrugem, aos 3 minutos do segundo tempo; CORINTHIANS: Uendel, aos 32 minutos do primeiro tempo
PONTE PRETA: Roberto; Ferrugem, Cesar, Diego Sacoman e Magal; Bruno Silva (Elizeu), Fernando Bob e Adrianinho; Ademir (Rossi), Alemão (Tchô) e Silvinho
Técnico: Vadão
CORINTHIANS: Walter; Fagner, Gil, Paulo André e Uendel; Ralf, Guilherme e Danilo (Douglas); Romarinho (Rodriguinho), Guerrero (Alexandre Pato) e Emerson
Técnico: Mano Menezes

4 comentários:

  1. e verdade seja dita, tanto clube como policiais se acovardaram no momento da invasão. tinha que ter ido tudo preso!

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    1. Valeu pela opinião. Não é só prender, mas processar e fazer quem comete atos de violência ter que reparar o erro cometido com penas alternativas. Por exemplo: Todo dia de jogo do Corinthians o torcedor violento deve prestar serviço num hospital, na área do pronto-socorro. Moisés

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  2. Nota dos Jogadores do Sport Club Corinthians Paulista:

    "Os atletas profissionais do Sport Club Corinthians Paulista vêm a público se manifestar a respeito dos fatos lamentáveis ocorridos na manhã de sábado, 1 de fevereiro, no CT Joaquim Grava, onde a equipe realiza seus treinamentos.

    Estamos fartos com a irracionalidade e com os atos de violência impunes que envolvem inúmeras situações ligadas ao futebol. As cenas grotescas vividas neste último sábado por nós jogadores e por todos os funcionários do SCCP determinam que uma tragédia sem precedentes está prestes a ocorrer no ambiente de trabalho de qualquer clube de futebol profissional no país e nós não seremos coniventes com isso. É preciso dar um basta e unir uma força tarefa capaz de oferecer segurança aos profissionais e aos torcedores de bem.

    Sabemos que esta não é a primeira, mas deveria ser a última vez que marginais ligados às torcidas organizadas invadam propriedade privada, agridam jogadores e funcionários do clube e os ameacem com armas. Sabemos também que estes mesmos marginais, infiltrados nas torcidas de todo o país, provocaram mais de 90 % das brigas nos estádios nos últimos anos, causaram mortes e afastaram o público e suas famílias dos campos de futebol.

    Assim como há uma maioria de jogadores dedicados e profissionais, há também, como em qualquer profissão, jogadores menos responsáveis e menos comprometidos. Nos momentos de derrota e nas fases difíceis, os torcedores revoltados se sentem no direito de nivelar por baixo e tratar todos os atletas da mesma forma. Mas quando, em momentos de crise e de violência, as torcidas organizadas, compostas por pessoas boas e pessoas ruins, sofrem esse mesmo preconceito e são tratadas como um todo, se revoltam com a injustiça.

    Admitimos o nosso fracasso dentro de campo nos últimos meses e admitimos um fracasso ainda maior por termos ido a campo no último final de semana quando, na verdade, poderíamos ter dado um basta a essa situação e chamado a atenção de todo o país, das autoridades, dos clubes e dos organizadores dos campeonatos para uma tragédia que há de acontecer se nada for feito para estancar a violência em todos os níveis do futebol.

    Fracassamos por causa dos riscos contratuais do clube com os patrocinadores, com a Federação Paulista de Futebol, com a Rede Globo de Televisão e em respeito à verdadeira torcida corinthiana. Se isso não demonstrar o comprometimento deste grupo de atletas com o SCCP, não há mais nada a dizer.

    Queremos que fique claro que nós, enquanto jogadores, não nos sentimos credores de coisa alguma. Ao contrário, nos sentimos honrados e extremamente felizes por termos conquistado tanto com a gloriosa camisa corinthiana e até nos sentimos em dívida com a Fiel, a de verdade, pelo que não conseguimos fazer nos últimos meses.

    Mas nós, jogadores do Corinthians, reivindicamos que haja segurança para que possamos trabalhar em paz em busca de novas vitórias. Ninguém mais do que nós sente o desgosto da derrota. E é por isso que exigimos que nos deem condições para a volta por cima que buscamos.

    Afirmamos que as vitórias do futuro próximo só virão se todos jogarmos juntos, com a mesma receita das vitórias do passado recente.

    Finalmente, não admitiremos mais nenhum desrespeito ao nosso compromisso de profissionais dedicados e honestos com o clube e sua enorme massa torcedora. A nossa vida e a nossa segurança valem mais do que qualquer contrato ou interesse político/financeiro/particular de terceiros. Nós tornamos público o nosso apoio à iminente paralisação proposta pelo sindicato dos atletas profissionais do Estado de São Paulo para o fim de semana, visando melhorias nas condições de trabalho para os empregados de todos os clubes de futebol do país.

    Estamos à disposição das autoridades e dos órgãos públicos para identificar e colaborar com a punição dos responsáveis por essa barbárie e pela criação de medidas que evitem o risco de novas ações violentas.

    Atenciosamente,

    Grupo de atletas profissionais do SCCP"

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  3. Nota da Gaviões da Fiel torcida:

    A situação ocorrida no último sábado (01/02), no Centro de Treinamento do Corinthians, demonstra não apenas o descontentamento por parte do torcedor organizado em relação à falta de comprometimento por parte dos jogadores e dirigentes do clube, mas sim de todo Corinthiano. Porém, os Gaviões da Fiel Torcida lamenta a linha de conduta violenta em que se deu o protesto. Em nenhum momento a diretoria dos Gaviões da Fiel Torcida compactuou para que houvesse um protesto com atos de vandalismo. Entendemos que o torcedor Corinthiano, que freqüenta os jogos e acompanha o Sport Club Corinthians Paulista, já não suporta mais a péssima administração e apatia que tomou de conta da equipe ainda no ano de 2013 e que se arrasta até hoje. Temos consciência da gravidade dos fatos ocorridos e, sendo provado que algum associado dos Gaviões esteve envolvido em atos de roubos ou agressões, o mesmo será punido conforme reza o Estatuto da entidade.

    Contudo, observamos que há uma pré-disposição por parte da imprensa marrom de caluniar as torcidas organizadas, jogando contra elas a responsabilidade de uma paz que não existe no cotidiano do cidadão brasileiro. Não aceitaremos que desassociem o torcedor do cidadão comum, como se fossemos uma subespécie, ou até mesmo marginal, como optam falaciosamente para nos adjetivar. Sabemos que a nossa existência como uma entidade organizada que busca reivindicações, fere diretamente o interesse de órgãos e corporações que visam à paixão do torcedor apenas como fonte de lucro e exploração. O futebol está deixando de ser a cultura do povo para se tornar produto e, nós como uma força das arquibancadas continuaremos a nos posicionar contra em nossas lutas.

    A cada notícia recheada de sensacionalismo, notamos o interesse perverso e canalha de associar o caso dos Corinthianos presos no episódio de Oruro e, que conquistaram a liberdade por meios jurídicos legítimos, já que são casos distintos, buscando relacionar a liberdade dos mesmos com o apedrejamento público e constante contra as organizadas.

    Quanto ao elenco e a administração atual do Corinthians, é um absurdo que cobrem do torcedor uma paciência complacente. Jogadores de futebol estão sendo blindados em suas profissões do mesmo modo que os políticos corruptos do nosso país. Estão sendo tratados como celebridades, mimados e idolatrados a um ponto em que o fato de não exercerem suas funções com a devida responsabilidade é encarado de forma natural. Nenhum trabalhador brasileiro assalariado tem direito a tais regalias, muito pelo contrario, enfrentam jornadas absurdas com todos os tipos de constrangimentos e humilhações para ganhar na vida o que um jogador celebrado ganha em um mês. O que os Gaviões têm observado é uma total falta de comprometimento, um verdadeiro roubo ao Sport Club Corinthians Paulista. Não estamos cobrando títulos, nem jogadas bonitas, queremos apenas que honrem a camisa do glorioso Corinthians, honrem os salários milionários que ganham e lhes dão direito a suas vidas luxuosas.

    Deixamos claro que não somos uma torcida profissional que vive à custa do clube, todos os ingressos e viagens são pagos de forma independente. Não abriremos mão de reivindicar e fiscalizar o clube para o qual dedicamos nossas vidas, tampouco deixaremos de cobrar os nossos direitos como torcedor, incluindo um valor justo dos ingressos.

    Quanto à greve, já está é na hora do elenco voltar da mesma, pois já faz um bom tempo que entraram de greve. Quem precisa realmente fazer uma greve são as arquibancadas!

    “Os Gaviões nasceram pra poder reivindicar, os direitos da Fiel que paga ingresso sem parar”

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