sábado, 9 de março de 2013

CÃO MONSTRO MEXICANO, COM AJUDA DO ÁRBITRO E DO GRAMADO ARTIFICIAL, DERROTA TIMÃO

Club Tijuana Xoloitzcuintles de Caliente 1 x 0 S.C. Corinthians Paulista, Copa Libertadores 2013, 2ª fase, grupo 5, 3ª rodada.

POR MOISÉS BASÍLIO


Que Copa Libertadores mais esquisita essa que o Timão vem disputando em 2013, pois vejam: O primeiro jogo a tragédia em Oruro; O segundo jogo sem torcida no Pacaembu; E agora, o terceiro jogo disputado num campo com gramado artificial de um time mexicano estreante no certame continental. 

No México os times de futebol adotam um animal com mascote. Xoloitzcuintles, ou cachorro monstro, é uma raça de cão pelado (sem pelos) natural do México, que também tem forte tradição na mitologia azteca e por isso virou símbolo do clube. 

No início da partida os Xolos, tal qual cachorro louco, vieram para cima do Corinthians para matar o jogo aproveitando que os jogadores mosqueteiros estavam perdidos em campo, pois não conseguiam dominar a bola que tem sua dinâmica alterada no gramado de borracha. Tive medo nesse instante e pensei que tomaríamos uma goleada histórica. 

Os lances foram se sucedendo e o gol dos mexicanos não saia e a esperança de um bom resultado começou a aparecer. Pouco a pouco o time foi melhorando o domínio da bola e criando oportunidades de gol. E no primeiro tempo acabamos fazendo dois gols que foram anulados corretamente por impedimento. 

No segundo tempo o Timão melhorou, mas ainda manteve grandes dificuldades em jogar o seu melhor futebol num gramada artificial. E o time da casa acabou se beneficiando dessa vantagem e de um erro da arbitragem que validou um gol em impedimento, que selou nossa derrota. 

Libertadores é difícil mesmo. Hoje perdemos o jogo para o "Cão Monstro" mexicano, mas não perdemos o campeonato. Vamos nos recuperar nas próximas partidas. 

Vendo o jogo pela televisão não há como não notar a vibração da torcida mexicana. Muita animação dos torcedores durante todo o jogo. No futebol a torcida ativa é um elemento fundamental. Os gritos de guerras, os cantos, as coreografias, as bandeiras, as charangas, as baterias, as palmas, a ola, a vuvuzelas, entre outras, são formas ativa de participação. 

Assim como no campo há normas que disciplinam o jogo, também nas arquibancadas há de haver normas. Normas para ajudar a boa convivência e não para amordaçar a torcida. Porém, há uma corrente que quer ver o futebol se transformar em um espetáculo teatral convencional, com uma plateia passiva que se limite a só bater palmas em determinado momentos do espetáculo. 

A aproximação dos grandes eventos da FIFA no Brasil e as recentes onda de violência praticada por torcedores das torcidas uniformizadas aqueceram esse debate novamente sobre o papel dos torcedores nos campos de futebol. 

Tenho uma opinião clara sobre esse tema: Primeiro, a cultura da violência tem que ser banida dos estádios; Segundo, a que se valorizar uma cultura de paz e da boa convivência nos estádio; Terceiro, a que se valorizar e respeitar a tradição  da participação ativa dos torcedores nos estádios de futebol; Quarto, a que se ter um padrão de qualidade digno de um ser humano para receber os torcedores nos estádios de futebol, desde a venda do ingresso, as condições de transporte até o local do jogo, às condições sanitárias, às condições de acomodação, às condições de segurança, às condições de conforto etc. 


Ficha Técnica: Fonte sítio AcervoSCCP

TIJUANA 1 X 0 CORINTHIANS - COPA LIBERTADORES 2013 – SEGUNDA FASE – GRUPO 5 – 3ª RODADA
DATA: quarta-feira, 06/03/2013
LOCAL: Estádio Caliente, Tijuana, Baja California – México
PÚBLICO: não disponível
RENDA BRUTA: não disponível
RENDA LÍQUIDA: não disponível
DESPESAS: não disponíveis
ÁRBITRO: Victor Hugo Carrillo (Peru).
ASSISTENTES: Jonny Bossio e César Escano (ambos do Peru).
GOL: 64’ Gandolfi. 
CARTÃO AMARELO: Aguilar, Gandolfi e Moreno; Fábio Santos, Paulinho e Paolo Guerrero.


TIJUANA: Saucedo; Abrego, Aguilar, Gandolfi, Nuñez; Pellerano, Arce, Corona, Fidel Martínez (84’ Garza); Moreno (69’ Ruiz) e Riascos (89’ Enríquez). Técnico: Antonio Mohamed.


CORINTHIANS: Cássio; Alessandro (72’ Edenílson), Gil, Paulo André (78’ Romarinho), Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo, Renato Augusto (81’ Douglas); Alexandre Pato e Paolo Guerrero. Técnico: Tite.


"Com este resultado, o Corinthians perdeu uma invencibilidade de 16 jogos na Copa Libertadores, com nove vitórias e sete empates. O time alvinegro poderia igualar o recorde de maior invencibilidade do torneio, que é do peruano Sporting Cristal, com 17 jogos nas campanhas de 1962, 1968 e 1969. O Timão também perdeu uma invencibilidade de 14 jogos. Desde a derrota para o Deportes Tolima, da Colômbia, em 2 e fevereiro de 2011, o time somou nove vitórias e cinco empates. Os corinthianos deixaram o estádio Caliente, que pela primeira vez recebeu um jogo do Alvinegro, reclamando da grama sintética e do árbitro peruano Victor Hugo Carrillo. Isso porque consideraram o gol do Tijuana, que também jogou com o Corinthians pela primeira vez, irregular e tiveram dois tentos de Paulinho anulados no primeiro tempo." Fonte: Sítio AcervoSCCP

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