domingo, 8 de maio de 2016

TIMÃO: PARADA PARA BALANÇO DA PRIMEIRA PARTE DA TEMPORADA 2016

Por Moisés Basílio 


          Chegamos ao final da primeira metade da temporada de futebol 2016 para time do Corinthians e isso merece um devido balanço a fim de se traçar um cenário para as disputas que virão na parte final da temporada, ou seja, Campeonato Brasileiro de Futebol 2016, que começa no próximo fim de semana, dia 15/05, domingo, contra o tradicional rival das plagas do sul, o Grêmio de Foot-ball Porto Alegrense e a Copa do Brasil, para a qual o time Alvinegro do Parque São Jorge entrará na fase das oitavas de final. 


          Já é tradição para os corinthianos que a temporada começa com o Timãozinho disputando a Copa São Paulo de Futebol Júnior, pois afinal somos os maiores ganhadores deste torneio, com 9 conquistas, 8 vices e 17 participações em finais. E nesse ano os garotos do Corinthians novamente chegaram à final depois de uma bela campanha, que teve início na cidade de Limeira,  na qual assisti as vitórias contra o Internacional de Porto Alegre e o Ituano. A semifinal foi na Arena Corinthians com uma vitória contra o Cruzeiro de Minas Gerais. Porém na final, depois de estar vencendo o primeiro tempo, o Flamengo por 2 a 0, deixou o adversário empatar e como predizendo o que viria acontecer no futuro com os profissionais, o time foi derrotado nas cobranças de pênaltis. O balanço da participação foi amplamente positivo, não pela conquista, mas principalmente pelas revelações de jogadores como: Maycon, Léo Jaba, Matheus Pereira e Gabriel Vasconcelos.

          A primeira competição do time profissional em 2016 foi o Campeonato Paulista. A temporada começou com o desmonte do time campeão brasileiro de 2015, pois foram vendidos no mês de janeiro mais de meio time: Jadson, Renato Augusto, Gil, Ralf, Vagner Love e Malcom. As reposições vieram com as seguintes promessas: Giovanni Augusto, Guilherme, André, Marlone, Vilson, Alan Mineiro, Balbuena e Willians. Depois, já em abril, chegou o Marquinhos Gabriel. A tarefa da comissão técnica comandada por Tite seria árdua, pois os ingredientes para a crise no início da temporada estavam dados. 

          Mas, surpreendentemente o Corinthians fez a melhor campanha entre todos os times durante o campeonato e só foi desclassificado nas semifinais pelo Audax, nos detalhes, onde mora o diabo, segundo o personagem Riobaldo de Guimarães Rosa. 

          Na Copa Libertadores da América, que foi disputada em paralelo ao o Paulistão, o time fez uma fase de classificação muito boa, conquistando a terceira melhor campanha entre os 38 participantes. Mas, caiu novamente nas oitavas de finais diante da tradicional equipe de futebol do Nacional de Montevidéu, ostentando entre suas conquista máximas, três Libertadores e respectivamente três Taças Intercontinentais (1971, 1980 e 1988), e que atualmente joga um futebol pragmático e catimbado. 

          A desclassificação na Libertadores escancarou as fragilidades do time corinthiano. Em primeiro lugar o despreparo de vários jogadores diante das adversidades. O meio Guilherme ainda não consegui se adaptar ao sistema de jogo. O bom meia Alan Mineiro sentiu o peso da camisa durante os jogos decisivos diante do Audax, quando perdeu um gol feito depois da falha do goleiro Sidão, e também não produziu nada diante do Nacional em Montevidéu. O goleiro Cássio não está em boa fase. O volante Bruno Henrique não tem conseguido ter um desempenho na marcação equivalente ao do Ralf e deixa muito à desejar no apoio. O ataque com André e Lucca sumiu na hora da onça beber água. 

          De positivo tem sido as atuações do lateral Fagner, dos meias Elias e Giovanni Augusto. Não cheira e nem fede as atuações do miolo de zaga com Felipe e Yago, e a lateral esquerda com o Uendel e por isso podem perder as suas posições no time titular a qualquer momento. Também tiveram um papel de destaque os reservas que entraram em várias partidas e que disputarão para ser titulares no próximo período, como: O prata da casa, Maycon segundo volante, Balbuena zagueiro, o lateral esquerdo Arana, o atacante Romero e o veterano Danilo na meio e no ataque. 

         Outros jogadores que estão no elenco: Willians e Vilson quando entrararam não comprometeram, mas também não mostraram qualidades para permanecerem no time titular. Luciano voltou de contusão e não consegui recuperar o seu melhor futebol de 2015 e ainda tem o peso nas costas de disputar uma convocação jogar as Olimpíadas. Marlone começou mal, machucou e no retorno fez um jogo bom contra o fraco Cobresal. O goleiro Valter tem jogado bem sempre quando entra e se o Cássio continuar a falhar pode ganhar a posição. O Edilson é um bom reserva para o Fagner. O Marquinhos Gabriel chega para ser titular.

          A comissão técnica sob o comando do Tite tem acertado mais do que errado e conseguiu dar um padrão tático à equipe, mesmo depois do desmonte inicial. O problema é que um time de futebol não se forma da noite para o dia e precisa de tempo para ajustar as peças. Também é sabido que os jogadores contratados não estão no mesmo nível técnico dos que foram vendidos. Será difícil substituir jogadores de um nível técnico como os de Renato Augusto, Jadson e Gil. 

          Diante desse cenário o time que teremos para disputar o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil será de qualidade inferior ao de 2015. Com o reforço do Marquinhos Gabriel e alguma outra surpresa que a diretoria conseguir, mas também contando com a provável perda do volante Elias, poderemos montar um elenco para disputar um lugar entre os cinco melhores do campeonato brasileiro. Quanto à Copa do Brasil acredito que não iremos longe, pois a comissão técnica corinthiana priorizará o campeonato brasileiro como em 2015. Só disputaremos a Copa do Brasil para valer se o time estiver lá embaixo na tabela do Brasileirão ao final do primeiro turno, sem chances de de se classificar para a Libertadores.  Que venha o futuro. Vai Corinthians!

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