domingo, 1 de abril de 2018

DÉRBI 357: PRIMEIRA PARTE DA DECISÃO

Sport Club Corinthians Paulista 0 x 1 Sociedade Esportiva Palmeiras. Sábado, 31/03/2018, 16h30.

Por Moisés Basílio

   Como dizem os cronistas esportivos esse é um jogo de 180 minutos, pois é a final do Paulistão 2018. Os primeiros 90 minutos foram jogados neste sábado de aleluia, na Arena Corinthians, e quem teve as alegrias foi o time das Perdizes.

   O técnico Carille praticamente manteve o time que derrotou o tricolor na quinta-feira, só alterando a zaga com o retorno do capitão Balbuena. A sua estratégia foi manter o toque de bola e buscar nas triangulações e movimentações espaços para furar o bloqueio adversário. 

   No ataque Carille optou por dar a titularidade para o Mateus Vital, com melhor técnica, e deixar no banco o voluntarioso Romero, com melhor poder de marcação. Emerson Sheik ganhou a vaga do contundido Jadson e junto com Rodriguinho completam o meio de campo e chegam no ataque, se revesando na função de centroavante. Na parte defensiva do meio campo a composição fica com Gabriel e Maycon. 

   Já a estratégia de jogo armada por Roger Machado para o dérbi foi a de compactar o time em sua defesa, esperar o ataque corinthiano, roubar-lhe a bola e aproveitar o contra-ataque em alta velocidade. Também orientou os atletas à jogar pegado, ou seja, marcação em cima e muitas provocações para irritar o adversário, principalmente da linha de atacantes formada por Dudu, Borja e Willian Bigode. 

   E logo aos 6 minutos da partida aconteceu o gol palmeirense. O zagueiro Balbuena foi sair jogando pelo lado direito da defesa e perdeu a bola para o ataque e na sequência a zaga corinthiana teve que fazer uma falta para impedir a evolução da jogada. Na cobrança da falta, Dudu colocou efeito na bola ao fazer o cruzamento e a pelota foi bater no segundo pau da trave. O goleiro Cássio escorregou no lance e ficou vendido, o que facilitou para o Willian Bigode pegar o rebote vindo da trave e passar para Borja na pequena área fuzilar a meta alvinegra e abrir o placar.  

   Com o gol de vantagem coube ao Corinthians buscar o empate, mas não conseguiu furar, durante os noventa minutos, a forte marcação do adversário, jogando fechadinho atrás e abusando dos recursos da cera e do anti-jogo. O clímax dessa postura foi a briga generalizada ao final do primeiro tempo que resultou em cartões amarelo e na expulsão do Cleyson e do Felipe Mello por agressão mútua. 

   Nos segundo tempo, com dez jogadores em campo, o Palmeiras abdicou definitivamente de atacar e com a clara intenção de assegurar o placar que lhe era favorável. 

   Do lado do Corinthians os jogadores não estavam em uma tarde inspirada e faltou a técnica e a sorte para definir a última bola, aquela bola da conclusão final para o gol. O time rodava a bola, abria espaços na defesa adversária, criava as jogadas, mas na hora de concluir o chute final saia errado, ou era travado, ou ainda quando ia em direção ao gol era fraco e colocado em cima do goleiro. 

   Para o Corinthians se faz necessária a preparação física, técnica e emocional durante a semana que precede a disputa dos 90 minutos finais da decisão, no dérbi de número 358, na Arena do Palmeiras. Ainda não está nada perdido, pois o jogo é jogado e o lambari é pescado. Vai Corinthians!

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FICHA TÉCNICA


Campeonato: Paulista 2018
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data: 31 de março de 2018, sábado
Horário: 16h30 (de Brasília)
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho
Assistentes: Danilo Ricardo e Miguel Cataneo
Gols: Borja (Palmeiras)
Cartões amarelos: Henrique, Romero, Gabriel e Maycon (Corinthians); Willian, Borja, Lucas Lima, Bruno Henrique, Dudu e Thiago Santos (Palmeiras);
Cartões vermelhos: Clayson (Corinthians); Felipe Mello (Palmeiras)
CORINTHIANS: Cássio, Fagner, Balbuena (capitão), Henrique e Sidcley (Romero); Gabriel e Maycon; Mateus Vital (Pedrinho), Rodriguinho, Emerson Sheik (Danilo) e Clayson
Técnico: Fábio Carille
PALMEIRAS: Jailson, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luis (Diogo Barbosa); Felipe Melo, Bruno Henrique (Thiago Santos) e Lucas Lima; Willian, Borja (Moisés) e Dudu
Técnico: Roger Machado

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