segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

CHAPE E SOLIDARIEDADE EM 2016, MAS EM 1969...

Por Moisés Basílio

O triste acontecimento com o time da Chapecoense no dia 29 de novembro passado trouxe à memória um momento semelhante vivido pelos corinthianos em 1969. As mortes de Lidú e Eduardo num trágico acidente automobilístico. 
E desse triste episódio  é que vem o apelido jocoso dado à Sociedade Esportivo Palmeiras pelo então presidente alvinegro Wadih Helu diante do voto do presidente palmeirense Delfino Facchina contra a inclusão de dois jogadores nos lugares dos atletas corinthianos mortos. Veja os detalhes na matéria abaixo:



A ORIGEM DO APELIDO DA PORCADA
Todo Corinthiano chama um Palmeirense de porco, mas poucos são aqueles que sabem o porquê desse apelido, já que 17 anos depois de provocações a mascote acabou sendo adotada pela torcida. Tudo começou no dia 28 de abril de 1969.
Depois de um jogo pelo Paulistão contra o São Bento (SP), no estádio Humberto Reali, em Sorocaba (SP), o Timão voltou para a capital com um empate de 1x1 na bagagem. Naquela época os maiores destaques do time eram o lateral direito Lidú e o ponta esquerda Eduardo. Depois de um dia cansativo de viagem, os dois resolveram comer uma pizza nas proximidades do estádio da Portuguesa, o Canindé. Infelizmente, eles não chegaram ao restaurante: Lidú perdeu o controle do carro em plena Marginal Tietê, batendo contra uma das pilastras de sustentação da ponte da Vila Maria. Ambos morreram na hora.
Foi a partir deste episódio triste que o apelido surgiu. O Campeonato Paulista já estava no segundo turno e as inscrições para novos atletas havia se encerrado. Por este motivo a diretoria do Corinthians tentou uma autorização junto a Federação Paulista para inscrever dois novos jogadores, alegando que a tragédia prejudicou o clube na competição. Dirigentes dos clubes, inclusive do Timão e do Palmeiras, foram chamados pela FPF para uma reunião com objetivo de organizar uma votação. Para que a situação fosse aprovada, todos os votos deveriam ser unânimes.
O resultado foi infeliz. Somente Delfino Facchina, o presidente do Palmeiras na época, votou contra. Isso fez com o presidente do alvinegro Wadih Helu, se irritasse e chamasse os palmeirenses de “porco”, devido ao espírito de porco, já que ele não se sensibilizou com o ocorrido. Na partida seguinte entre os dois, o Coringão soltou um suíno no gramado do Morumbi, antes da partida começar. Enquanto o animal corria, a Fiel torcida começou a gritar “Porco, porco”.
Algum tempo depois, a turma do amendoim assumiu o apelido, e acabou se apegando a ele. Mas a história de sua origem é com certeza um dos episódios mais tristes do Corinthians e da "sujeira" da cartolagem brasileira.






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